Banca de Advocacia Parentoni Advogados, especializada em Direito Criminal e Penal Econômico

Critérios para a Prisão Preventiva

A prisão preventiva é uma medida cautelar excepcional, aplicada antes da condenação final, quando há risco de o acusado fugir, obstruir a investigação ou praticar novos crimes. Para sua decretação, o Código de Processo Penal exige a presença dos seguintes requisitos:

  • Prova da existência do crime: É necessário que haja indícios suficientes para indicar que o crime em questão foi cometido.
  • Indício suficiente de autoria: Devem existir elementos que apontem para a pessoa do acusado como provável autor do crime.
  • Perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado: A liberdade do acusado deve representar um risco para a ordem pública, a ordem econômica, a conveniência da instrução criminal ou para garantir a aplicação da lei penal.

Possibilidades de Revogação da Prisão

A prisão preventiva não é definitiva e pode ser revogada quando os motivos que a justificaram deixam de existir. Algumas das hipóteses de revogação são:

  • Desaparecimento dos riscos: Se os riscos à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal deixarem de existir, a prisão pode ser revogada.
  • Oferecimento da denúncia: Após o oferecimento da denúncia, a prisão preventiva deve ser reavaliada, podendo ser substituída por outras medidas cautelares.
  • Transcurso do prazo: A prisão preventiva tem prazo máximo, e após esse período, deve ser revogada se os motivos que a justificaram persistirem.

Estratégias para Defender Criminalmente os Clientes

A defesa em casos de prisão preventiva exige uma análise minuciosa do processo e a utilização de diversas estratégias, tais como:

  • Demonstrar a ausência de requisitos: A defesa deve demonstrar a ausência de um ou mais dos requisitos legais para a decretação da prisão preventiva.
  • Apontar a existência de outras medidas cautelares: A defesa pode propor a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica ou a proibição de contato com determinadas pessoas.
  • Demonstrar a inexistência de risco: A defesa deve demonstrar que a liberdade do acusado não representa nenhum risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.
  • Apresentar provas da inocência: A defesa pode apresentar novas provas que demonstrem a inocência do acusado.
  • Acompanhar o andamento do processo: É fundamental acompanhar de perto o andamento do processo, buscando identificar qualquer irregularidade que possa levar à revogação da prisão.

Considerações Finais

A prisão preventiva é uma medida drástica que deve ser aplicada com cautela. A defesa de um acusado nessa situação exige conhecimento técnico e experiência, sendo fundamental a atuação de um advogado especializado. A liberdade é um direito fundamental, e a defesa deve buscar garantir esse direito por meio de uma atuação estratégica e eficaz.

Observação: As informações aqui apresentadas têm caráter informativo e não substituem a consulta a um advogado criminalista.

Débora Parentoni

Débora Parentoni

Prof.ª Débora Cavalcante Parentoni, Diretora administrativa do escritório Parentoni Advogados e Coordenadora do Projeto Pro Bono Antônio Aurélio Soares (AAS), Pedagoga formada pela Faculdade Maria Montessori, fundadora do Instituto Brasileiro do Direito de Defesa – IBRADD, onde foi secretária-geral por duas gestões.